domingo, 27 de fevereiro de 2011

CICLO SEXUAL FEMININO


CICLO SEXUAL FEMININO Apesar do processo biol?gico da Resposta Sexual Humana referente aos est?mulos er?ticos ser unit?rio, eles s?o constitu?dos por uma continua??o de fases pass?veis de divis?o did?tica, ou seja, s?o resultado da coordena??o e integra??o de diferentes componentes singulares e relativamente independentes. A inibi??o de algum deles compromete a viv?ncia de uma sexualidade completa e leva a diferentes s?ndromes cl?nicas com diferentes tratamentos. Quando h? uma insatisfa??o persistente ou recorrente em alguma dessas fases, chamamos de disfun??o sexual. N?o h? muito tempo, a resposta sexual era entendida de forma integral. Ela era um evento ?nico, o que fazia com que, devido ao desconhecimento das diferen?as entre as fases, n?o houvesse uma diferencia??o entre as v?rias entidades cl?nicas. Os homens eram chamados de impotentes e as mulheres de fr?gidas. Conforme a resposta sexual foi sendo mapeada, por alguns estudiosos, pode-se separ?-la em fases. O primeiro deles foi Ellis (1897) que se focou na fisiologia da quest?o sexual. Mesmo que j? se percebesse na ?poca a import?ncia da atra??o para a origem e conserva??o do ato, salientou somente a continuidade de rea??es org?nicas. Dividiu o ato sexual em duas fases: tumesc?ncia (ac?mulo crescente de energia, marcada pela congest?o sangu?nea no aparelho genital) e detumesc?ncia (descongest?o vascular que acompanha a descarga org?stica.) O segundo esquema foi elaborado por dois pesquisadores americanos, Masters e Johnson (1966) numa teoria formulada em um laborat?rio onde era poss?vel pesquisar cientificamente as modifica??es do corpo durante a atividade sexual. Contaram com o apoio de pessoas volunt?rias que permitiram o monitoramento das atividades sexuais atrav?s de um aparelho criado para detectar altera??es de cor e temperatura corporais. Conclu?ram ent?o um padr?o de resposta sexual para homens e mulheres, que nomearam de Ciclo da Resposta Sexual Humana composto por 4 fases distintas, dividindo a anterior tumesc?ncia de Ellis em excita??o e plat? e a detumesc?ncia em orgasmo e resolu??o. Tal modelo preconizava que tanto o est?mulo interno (pensamentos e fantasias) quanto externo (provocado pelos 5 sentidos) promoveria a excita??o. Mas o modelo de Masters e Johnson apresentava algumas imperfei??es por n?o considerar os aspectos mais particulares e subjetivos da resposta sexual. Foi assim que mais tarde, aprimorando tal id?ia, a psiquiatra Helen Kaplan, em 1979, complementou com uma terceira proposta, onde antecedendo ? fase da excita??o viria o desejo - importante para o desenrolar das fases posteriores e com isso prop?s um esquema trif?sico: Desejo: Primeira fase do ciclo, onde os instintos s?o estimulados, mas n?o aparecem ind?cios org?nicos objetivos. ? uma etapa subjetiva caracterizada pela resposta sexual ao est?mulo dos cinco sentidos e que incita a busca pela atividade sexual. Nas mulheres, o olfato e o tato s?o atores principais no aumento do desejo sexual. Excita??o: A segunda fase do ciclo sexual caracteriza-se pelas respostas fisiol?gicas do corpo frente aos est?mulos que dispararam anteriormente o desejo sexual. H? uma crescente excita??o sexual, manifestada pelo bin?mio vaso congest?o (aumento da quantidade de sangue acumulado em alguns ?rg?os do aparelho genital e extragenital) e miotonia (tens?o muscular caracterizada pela crescente e involunt?ria contra??o das fibras musculares). Pode ser acelerada ou encurtada, prolongar-se por bastante tempo ou ser interrompida. Nas mulheres tal fase ? caracterizada pelo in?cio da produ??o de uma secre??o respons?vel pela lubrifica??o vaginal, um ligeiro aumento clitoriano, amplia??o do ?tero e in?cio da sua eleva??o, aumentando sua capacidade de acomodar o p?nis. Tamb?m se manifesta nos seios que sofrem um pequeno aumento em seu tamanho e nos mamilos que se tornam eretos. H? um aumento da freq??ncia card?aca e respirat?ria, assim como da press?o sangu?nea. Ocorre o rubor sexual (a pele fica avermelhada), clit?ris e pequenos l?bios aumentam de tamanho, enquanto os grandes l?bios se retraem deixando livre a entrada da vagina. Orgasmo: Ocorre a libera??o total das tens?es anteriormente retidas, acompanhada de contra??es musculares reflexas. Subjetivamente carateriza-se pela sensa??o de prazer sexual, perda da acuidade dos sentidos, sensa??o de desligamento do meio externo, seguida pela libera??o, em poucos segundos, da vaso congest?o e miotonia. O orgasmo feminino corresponde a contra??es reflexas ritmadas dos m?sculos perivaginais e perineais que circundam a vagina. O ?tero tamb?m participa dessas contra??es. Diferentemente dos homens, as mulheres ao continuarem a serem estimuladas podem experimentar novo orgasmo. Mas n?o se pode esquecer que a sexualidade por mais que envolva um aspecto fisiol?gico, abrange outras dimens?es que s?o mais subjetivas como a capacidade de entrega, de aceita??o do outro, do relacionamento e de si. Basson (2004) apresentou uma nova proposta para o ciclo de resposta sexual feminino. Ela destacou o valor da intimidade como motiva??o para o sexo, afirmando que muitas mulheres d?o in?cio ao ato sem que estejam interessadas ou entusiasmadas, mas buscam o carinho e aproxima??o f?sica, antes de serem implicadas pelas sensa??es er?ticas. Dessa forma foi proposto um modelo circular para o ciclo feminino em que a falta de desejo sexual espont?neo n?o revelaria uma disfun??o sexual, excluindo muitas mulheres de categorias tidas como disfuncionais.

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PUBLICIDADE Data de Publica??o : 03/03/2010 - Revis?o : 03/03/2010 - Acesso : 27/02/2011
Palavras-Chave : CICLO SEXUAL FEMININO - Sexologia -

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